Ludicidade e Educação

A partir dos estudos realizados pela Interdisciplina de Ludicidade e Educação, pude perceber que o Lúdico abrangeu as demais Interdisciplinas: Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, Teatro e Educação, Música na Escola e Artes Visuais, pois estas envolvem o criar, o imaginar, o teatrar, o dramatizar, etc., fazendo com que os alunos realizem as atividades com interesse, dedicação e participação mediante aos sentimentos como prazer, alegria, diversão, elementos aos quais contribuem para que a ludicidade ocorra.
Considero importante destacar que foi a partir dos estudos realizados da Interdisciplina de Ludicidade e Educação, que mudei minha concepção de que a Ludicidade estaria presente na sala de aula somente quando realizava brincadeiras e jogos, que estes poderiam mexer com o prazer da criança.
Desta forma, acredito que o lúdico pode dialogar com minha prática docente sem perder a ludicidade quando há uma conexão entre o professor e o aluno, bem o mundo interior da criança, ou seja, é necessário que o professor concilie o prazer dos alunos com seus objetivos pedagógicos, a fim de proporcionar melhores aprendizagens, assim como afirma Tânia Ramos Fortuna em uma de suas entrevistas.
Assim sendo, acredito que a ludicidade pode ser proporcionada na sala de aula de uma outra forma, não apenas com brincadeiras e jogos, mas sim como colagens, recortes, retro projetor, leituras, etc. basta somente que o aluno se sinta o sujeito ativo da ação e o professor saiba direcionar a atividade e conciliar os objetivos com o prazer, deixando o aluno “livre” para executar a atividade, conseguindo construir relações com seus sentimentos e o mundo que o cerca, e não desenvolver a atividade porque o professor obrigou ou porque é uma forma de avaliação.
Nesta linha de raciocínio, pude refletir sobre minha experiência como aluna, especialmente na última aula presencial da Interdisciplina de Ludicidade e Educação, na qual realizamos uma oficina de sucatas. Nesta fiquei a vontade para produzir livremente algum brinquedo ou jogo com materiais reciclados, sem pressão de tempo e do objetivo pedagógico, me sentindo o sujeito ativo da ação.
Foi através desta Interdisciplina que reforcei ainda mais a importância de conciliar os objetivos pedagógicos com o prazer da criança, confirmei o que já havia contemplado esta idéia ao assistir a entrevista com Tânia Fortuna.
Acho imprescindível relatar também neste momento, outra uma experiência que tive na minha prática estudantil.
Apresentamos aos colegas e professores uma contação de histórias, esta, proposta pela Interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, através da história “O patinho que não aprendeu a Voar” de Rubens Alves. Pude perceber que o nosso grupo utilizou dos conhecimentos aprendidos em cada Interdisciplina durante este trabalho, pois usamos a Improvisação, dramatização, expressão corporal (teatro); maquiagem facial, confecção do cenário (arte); melodia e letra de música representando sentimento (música). Deste modo, concluo que a ludicidade se faz presente, já que realizamos a atividade por puro prazer.

Música

A atividade proposta pela Interdisciplina de Música na Escola, na semana 11 e 12, foi muito interessante. Nesta, trabalhamos com os alunos sobre a música Popular Brasileira.
Assim sendo, apresentamos a história do músico Assis Valente (compositor brasileiro), através do teatro de fantoches, dialogamos sobre suas músicas e as que costumam ouvir, além dos elementos, conceitos musicais (som, melodia, ritmo), sendo esta também apresentada através de coreografias (palmas, estalar de dedos e passos) para que pudessem observar estes elementos musicais.
Pude perceber que a proposta foi bem aceita pela turma, demonstraram muito interesse, concentração pelas atividades, sabendo trabalhar em grupo, pois esta situação se concretiza diariamente em sala de aula. É comovente ver os alunos interagindo um com os outros e apreciando a música.
Portanto, foi uma atividade em que os alunos gostaram muito, além de se tratar de uma música de Natal “Boas Festas”, onde se lembraram das crianças que não tinham famílias e conhecer um pouco mais sobre os conceitos musicais.
Neste processo, observei também o quanto é importante desenvolvermos atividades, também como o compasso, ritmo, som, diversos conceitos musicais e não só valorizarmos e estudarmos a letra da música, pois às vezes ela “não apresenta” uma letra, mensagem legal, mas têm um ritmo legal, uma boa harmonia, etc.

Ao apresentarmos o teatro (contação de histórias) “O Patinho que não aprendeu a Voar” de Rubens Alves, pude perceber e concluir o que havia estudado e aprendido na Interdisciplina de Teatro e Educação, pois o nosso grupo utilizou da Improvisação, como uma forma de propor a expressão cênica, formando assim uma situação que representava “concretamente” a cena do jogo dramático.
Este foi um trabalho cooperativo muito importante, pois foi e está sendo maravilhoso trabalhar em equipe , onde todos participam, ocorre à troca de experiências, idéias, interação, desenvolvimento a construção do conhecimento de uma forma muito interessante, pois às vezes em uma sessão do grupo de estudos falta uma idéia aqui e o outro contribui com uma palavra ali, gerando novas idéias, concepções, “iluminando” nossos pensamentos para a construção de um texto, etc.

Música

O texto “Por que você ouve tanta porcaria?” da interdisciplina de Música e Educação é muito interessante, pois pude perceber a influência que a mídia tem em nossa vida perante o nosso gosto musical.
O mercado fonográfico é quem define estas preferências em um determinado tempo na vida das pessoas. Deste modo, sendo que “alguém” paga certa quantia em dinheiro para tocar as músicas repetitivamente nas rádios, TV..., definindo-as, fazendo assim com que acreditamos que seja o sucesso do momento e vamos até a loja de CDs para adquiri-lo, sendo muitas vezes o que não queremos ouvir.
Felizes os que estudam música e acabam fugindo dessa regra.
Nós educadores devemos fazer nossa parte, incentivando os alunos além de apresentá-los uma música que gostem verdadeiramente de escutar. Assim sendo, dentro da sala de aula devemos trabalhar essas questões que foram abordadas pelo texto através de debates, diálogos entre a turma, confecções de cartazes, etc. para que os mesmos possam ter conhecimento sobre o assunto, podendo assim escolher o que realmente gostem de ouvir, cantar, não deixando-se influenciar pelo mercado fonográfico.
É muito importante que o professor aproveite a facilidade que o aluno tem de decorar, ter a música que está em sucesso na ponta da língua e trabalhar a letra dela ou também as canções de rodas, que trazem um conteúdo riquíssimo sobre a imaginação além de promover a integração da turma de uma maneira bacana.

Artes

A partir das leituras e atividades realizadas da Interdisciplina de Artes Visuais, pude ampliar ainda mais meus conhecimentos, pois estudamos obras, artistas de diferentes épocas, estilos e movimentos, observamos relações entre as imagens, enfim, em diferentes contextos.
Vimos também à presença da mídia através de propagandas, capas de revistas e jornais.
A arte é muito importante na escola e em todos os lugares, pois através dela pode-se desenvolver no indivíduo a criatividade, estimular a inteligência, a expressividade, a imaginação...
Há varias formas de trabalharmos com a arte com nossos alunos, uma destas é fazer relações a partir da realidade dos mesmos, como a utilização de materiais reciclados, trazidos pelos alunos (garrafas pet, tampinhas, potes, caixas de fósforos...), estes podendo ser utilizados para a confecção de brinquedos como carrinhos, caminhões, bonecas, dentre outros. Sendo de acordo com a imaginação e criatividade de cada um. Assim também como a utilização de figuras que são encontradas em revistas, livros, etc.
Portanto, a Arte está presente em nosso ser, nossa vida, em nosso cotidiano, na escola, Bienal, galerias, ruas, feiras, internet, ou seja, todos os lugares são espaços de arte.

Literatura

É muito importante trabalharmos em nossas ações pedagógicas os contos de fada, pois os alunos constroem e reconstroem significados das histórias, proporcionando momentos lúdicos junto aos mesmos podendo desenvolver a imaginação, a criatividade destes “atos de reflexão”.
Pude perceber que os contos de fada são vivenciados pelas crianças como maravilhas; desta maneira, as crianças sentem-se compreendidas bem no fundo de seus sentimentos, esperanças e ansiedades.
Os contos vão ao encontro psicológico e emocional dos seres: falam de sentimentos, dificuldades da vida, como: rejeição, abandono, rivalidade, morte, envelhecimento, outros.
Os personagens dos contos de fadas caracterizam todos estes sentimentos; os monstros e as bruxas personificam os temores e incapacidades que temos que lutar; os animais solícitos e as fadas as incapacidades e possibilidades ainda desconhecidas que, determinadas soluções podemos obter.
Portanto, a história torna-se visível que o fim da história é satisfatório para a criança, pois depois das lutas e inquietações; vem a satisfação.

Ludicidade

Após a realização das atividades de Ludicidade e Educação e assistir o vídeo com a professora Tânia Fortuna, pude refletir e compreender sobre o que é realmente brincadeira e jogo, pois estes são lúdicos somente quando o indivíduo sente prazer ao vivenciá-lo e concretizá-lo estes, caso contrário, esses atos, não será lúdico e sim uma solicitação do outro.
Assim sendo, percebi que é essencial deixarmos as crianças brincarem livremente, quando sentir vontade e sem estar mandando.
Já que o ser lúdico varia de pessoa para pessoa, pois o que pode ser lúdico para mim, pode não ser para outra pessoa.
Acredito também que o brincar não termina quando a infância acaba, ele se “espalha”, pois é possível brincar consigo mesmo, com as outras pessoas, com o trabalho, quando relembramos nossas brincadeiras vivenciadas na infância...permanecendo assim ao longo da vida do ser humano em muitos momentos.

Teatro

Com base nas leituras e atividade realizada na Interdisciplina de Teatro e Educação, pude perceber que o teatro engloba as mais diversas expressões corporais (movimentos, gestos), agrupamento, emoção, além de auxiliar no desenvolvimento de atividades no próprio processo de ensino e em compreensão de conteúdos das demais disciplinas.
Na atividade proposta pela Interdisciplina, a qual era construir um Inventário Criativo, pude concluir meus objetivos nesta atividade. Estes, desenvolver a criatividade, a espontaneidade, o envolvimento dos alunos nas atividades, expressão corporal através de um jogo dramático proposto por meio de um encontro cooperativo, dinâmico que podemos executar com o corpo, ou seja, a expressão corporal por meio de um jogo dramático.
Assim sendo, as crianças demonstraram muito interesse pelas atividades realizadas (Caminho pelo espaço,Caixa surpresa e Álbum de fotos), sabendo trabalhar em grupo, pois essa situação se concretiza diariamente em sala de aula, pude ver o sorriso no rosto de cada criança, utilizaram a Improvisação, que no Teatro é muito importante, como forma de propor a experiência da expressão cênica, formando assim um personagem ou uma situação que representava “concretamente” uma cena do jogo dramático.
Neste jogo dramático foi destacada a importância entre o palco e platéia, o quanto é essencial possuírem uma boa desenvoltura para que a platéia ou seja, os colegas consigam realmente compreender a mensagem que está sendo transmitida.
Portanto, na arte teatral, um simples ato de olhar, no andar e no agir transmitem mensagens e se constroem significados.
O Teatro vai muito além da dramatização, englobando também o imaginar, a atenção, desprendimento e diversos estímulos que no concreto não se vê, não se sente, mas se compreende pela forma teatral.

Evidência e Argumentação

Após assistir o filme “12 homens e Uma Sentença”, achei a história muito interessante, pois através dele podemos observar claramente as diferenças entra evidência e argumentação:
EVIDÊNCIA é algo que parece ser verdade em um primeiro momento, mas quando questionada, pode surgir outras hipóteses, tornando a primeira evidência questionável, ou seja, a evidência é um fato, acontecimento, objeto que pode servir para provar aquela linha de raciocínio e o ARGUMENTO é essa linha de raciocínio para defender ou questionar algo.
Assim sendo, como no filme, onde 12 jurados estavam reunidos em uma sala para decidir uma sentença, esta, que o rapaz seria culpado ou inocente pelo assassinato de seu pai. No primeiro momento, 11 jurados acreditavam nas evidências propostas no tribunal (que o réu seria culpado), enquanto somente um jurado (que acreditava que poderia ser inocente) propôs uma nova argumentação, a fim de que todos refletissem e mudassem de opinião/posicionamento, concluindo que o réu era inocente do crime.
Posso citar um exemplo, o de usarem a faca na noite do crime como evidência, a qual seria de difícil acesso à compra, mas foi argumentado por um dos jurados, que era realmente de difícil acesso naquela cidade, porém não impossível de adquirir uma semelhante, pois havia comprado uma igual de um vendedor de rua ali perto.
Deste modo, pode observar que é muito importante a argumentação, fazendo assim a reflexão, questionamento, a dialogar sobre o fato, acontecimento, e podendo até modificar nosso pensamento e dos outros, sobre algo que até então parecia correto, ou seja, é essencial fazermos uma boa análise das evidências.
Portanto, ao estudar esta temática, posso relacionar com minha prática, obtendo uma nova visão sobre evidência e argumentação.

Música

A partir de nossa aula presencial e as atividades já realizadas de Música na Escola, pude perceber que a música está presente em todos os momentos de nossa vida. Muitas vezes achamos que não sabemos nada sobre a ela, que não temos o dom de faze - lá, mas somos capazes de fazer a música, todos são cantores, pois está presente em nosso dia a dia, devemos somente saber dar tons as palavras, falas, toques...
Assim sendo, damos tons de voz em muitas expressões, como por exemplo: “hum”, “ufa”, “ui”, “piss”, “ai”, dentre outras, formando pequenas melodias, cada um com seu tom, sendo de alívio, susto, pensativos, admirados....
Portanto, a música desempenha um grande papel em várias funções vitais, tanto de alegrar, consolar, ensinar, divertir, despertar lembranças, etc. como desenvolver o ensino aprendizagem de nossos alunos e que as pessoas também libertem suas fantasias e a imaginação.
Atualmente quando escuto a música “Dias melhores”, de Jota Quest, lembro de quando fomos e cantamos essa música na festa do PEAD na UFRGS.

A leitura é muito importante em nossa vida e na vida das crianças desde cedo.
Ao ouvi-la pode estimular a desenhar, o musicar, o imaginar, o escrever, pintar... formando indivíduos ativos, reflexivos, criativos...
Assim sendo, ao contarmos uma história, é muito importante conhecê-la antes, fazendo o uso de pausas durante a cotação da mesma, criando desta forma suspense, prendendo a atenção dos espectadores e também utilizar diversos recursos, fazendo com que seja emocionante, divertida,...
É muito interessante trabalharmos com os contos de fadas em nossas aulas, onde os alunos constroem e reconstroem significados das histórias além de desenvolverem o prazer pela leitura.
Assim sendo, nos educadoras devemos transmitir confiança, motivar a atenção e despertar admiração de nossos alunos, para que desde cedo busquem o gosto de ler descobrem os encantos das histórias.

Aprendizagem cooperativa

No inicio do curso alguns colegas e eu criamos um grupo de estudos, a qual contribui para nosso aprendizado. Este foi influenciado pelas atividades em grupo da Interdisciplina de Psicologia.
Ressalto a importância do trabalho em grupo, onde todos participam, refletem e expressão suas opiniões, ocorrendo à troca de idéias, dicas, ajuda mútua, que contribui para o conhecimento de ambas as partes.
Este conjunto de elementos evidencia que mesmo que se trabalhe em equipe, a aprendizagem também é individual.
Dentre muitas aprendizagens, posso relatar algumas situações do trabalho em equipe.
Obtive conhecimentos referentes à tecnologia como, por exemplo, a criação de mural, calendário, etc. no blog e pbwiki, quando minha colega Catiane me explicou passo a passo como se fazia. Além de o gupo de estudos sempre debater os assuntos propostos pelas atividades das interdisciplinas, para maiores conhecimentos e depois cada um desenvolver suas atividades.
Deste modo o compartilhamento de idéias faz com que ampliamos nossos conhecimentos e estejamos abertos para novas idéias e novas concepções, fazendo assim com que aumentamos nossas aprendizagens.
Destaco o quanto é essencial desenvolvermos atividades em grupo entre a turma e incentivar esta, ocorrendo assim à troca de experiências, idéias, dicas, interação entre os alunos, etc. desenvolvendo a construção do conhecimento de uma forma interessante.

Sejam Bem Vindos

Mais uma etapa se inicia para o Curso de Pedagogia a Distância da UFRGS. Neste semestre elaborei um Portfólio de Aprendizagens cujo a construção me acompanhará ao longo do semestre. O conteúdo desse Portfólio entrará na composição (30%) dos conceitos de todas as interdisciplinas e será desenvolvido com o apoio do Seminário Integrador III.